Em
função do fanatismo acima da média mundial dos brasileiros pelo esporte, é de
se esperar que a realização desse evento tenha forte apelo popular. As
diferenças sociais, políticas e econômicas, tão marcantes no dia-a-dia do país
diluem-se quando a equipe verde-amarela entra em campo. De alguma forma, a
nação brasileira somente se vê inteira durante as Copas do Mundo de Futebol.
Porém quais são as vantagens sócio-econômicas, e o retorno social do país que
sedia um megaevento esportivo, está é a pergunta de maior importância que
deverá ser respondida.
Para
tanto se devem analisar friamente os investimentos públicos realizados durante
o pré-evento e mesmo durante o evento, onde instituições internacionais, no
caso a FIFA, abordam inúmeros fatores que devem ser corrigidos, para que o
evento se torne uma ocasião mundial, onde as pessoas do mundo inteiro tenham
acesso aos locais de jogos, que possam gozar de segurança e conforto durante
todo o evento.
Portanto
cremos que para o Brasil, a Copa de 2014 é a oportunidade de o país dar um
salto de modernização e apresentar não só sua capacidade de organização, como
também força econômica para captar investimentos e os muitos atrativos que
podem transformar o país em um dos mais importantes destinos turísticos do
mundo a partir de um futuro próximo.
O
evento pode não ser o acontecimento esportivo de maior porte do planeta, mas
com certeza é o que tem maior apelo midiático e maior capacidade de gerar
recursos para os setores direta e indiretamente envolvidos em sua realização.
Para qualquer país onde seja realizado, o evento tem o apelo de uma vitrine
capaz de mostrar a milhões de telespectadores de todos os cantos do planeta
aspectos que vão muito além de estádios e disputas esportivas.
Diante
da oportunidade, o planejamento pautado por objetivos claros e pelas demandas
locais não pode ficar em segundo plano, sob pena de a vitrine que queremos
mostrar ao mundo seja transformada em uma frágil vidraça que evidencia os
problemas do país e afasta tanto o turista estrangeiro como o investidor
internacional que queremos atrair. O que está em jogo não é apenas o futebol,
mas a oportunidade de o país atrair bilhões de reais em investimentos para seu
desenvolvimento. O que interessa, de fato, é aproveitar o evento para construir
a infra-estrutura que ficará a disposição da população.
Os
fatos estilizados do passado mostram que, no ano do evento, o PIB cresce menos
do que nos anos anteriores, em função de fatores como: redução do ritmo de
investimentos associados ao evento; redução do número de horas trabalhadas pela
população em geral durante o período da Copa; e uma redução do influxo de
turistas não aqueles que vêm para presenciar o evento, mas os demais, afastados
pelos preços mais elevados de passagem/hospedagem praticados no ano do evento.
Não obstante, nos anos seguintes o crescimento do PIB nos países que sediaram a
Copa do Mundo voltou a acelerar, avançando em um ritmo maior do que o observado
antes da realização do evento.
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