quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Participação entre os países destacando a relação de qualidade

Em função do fanatismo acima da média mundial dos brasileiros pelo esporte, é de se esperar que a realização desse evento tenha forte apelo popular. As diferenças sociais, políticas e econômicas, tão marcantes no dia-a-dia do país diluem-se quando a equipe verde-amarela entra em campo. De alguma forma, a nação brasileira somente se vê inteira durante as Copas do Mundo de Futebol. Porém quais são as vantagens sócio-econômicas, e o retorno social do país que sedia um megaevento esportivo, está é a pergunta de maior importância que deverá ser respondida.
Para tanto se devem analisar friamente os investimentos públicos realizados durante o pré-evento e mesmo durante o evento, onde instituições internacionais, no caso a FIFA, abordam inúmeros fatores que devem ser corrigidos, para que o evento se torne uma ocasião mundial, onde as pessoas do mundo inteiro tenham acesso aos locais de jogos, que possam gozar de segurança e conforto durante todo o evento.
Portanto cremos que para o Brasil, a Copa de 2014 é a oportunidade de o país dar um salto de modernização e apresentar não só sua capacidade de organização, como também força econômica para captar investimentos e os muitos atrativos que podem transformar o país em um dos mais importantes destinos turísticos do mundo a partir de um futuro próximo.
O evento pode não ser o acontecimento esportivo de maior porte do planeta, mas com certeza é o que tem maior apelo midiático e maior capacidade de gerar recursos para os setores direta e indiretamente envolvidos em sua realização. Para qualquer país onde seja realizado, o evento tem o apelo de uma vitrine capaz de mostrar a milhões de telespectadores de todos os cantos do planeta aspectos que vão muito além de estádios e disputas esportivas.
Diante da oportunidade, o planejamento pautado por objetivos claros e pelas demandas locais não pode ficar em segundo plano, sob pena de a vitrine que queremos mostrar ao mundo seja transformada em uma frágil vidraça que evidencia os problemas do país e afasta tanto o turista estrangeiro como o investidor internacional que queremos atrair. O que está em jogo não é apenas o futebol, mas a oportunidade de o país atrair bilhões de reais em investimentos para seu desenvolvimento. O que interessa, de fato, é aproveitar o evento para construir a infra-estrutura que ficará a disposição da população.
Os fatos estilizados do passado mostram que, no ano do evento, o PIB cresce menos do que nos anos anteriores, em função de fatores como: redução do ritmo de investimentos associados ao evento; redução do número de horas trabalhadas pela população em geral durante o período da Copa; e uma redução do influxo de turistas não aqueles que vêm para presenciar o evento, mas os demais, afastados pelos preços mais elevados de passagem/hospedagem praticados no ano do evento. Não obstante, nos anos seguintes o crescimento do PIB nos países que sediaram a Copa do Mundo voltou a acelerar, avançando em um ritmo maior do que o observado antes da realização do evento.



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